Feliz Natal!
Nem sempre o sorriso é sinónimo de felicidade, nem uma lágrima sinónimo de tristeza!
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
É Natal!
Feliz Natal!
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
E esta hein?
sábado, 12 de dezembro de 2009
A menina dos Fósforos
Por isso, a menina seguia com os pés descalços e já roxos de frio; levava no avental uma quantidade de fósforos, e estendia um maço deles a toda a gente que passava, apregoando:
–Quem compra fósforos bons e baratos? – Mas o dia tinha-lhe corrido mal. Ninguém comprara os fósforos, e, portanto, ela ainda não conseguira ganhar um tostão. Sentia fome e frio, e estava com a cara pálida e as faces encovadas. Pobre menina! Os flocos de neve caíam-lhe sobre os cabelos compridos e loiros, que se encaracolavam graciosamente em volta do pescoço magrinho; mas ela nem pensava nos seus cabelos encaracolados. Através das janelas, as luzes vivas e o cheiro da carne assada chegavam à rua, porque era véspera de Ano Novo. Nisso, sim, é que ela pensava.
Sentou-se no chão e enrolou-se ao canto de um portal. Sentia cada vez mais frio, mas não tinha coragem de voltar para casa, porque não vendera um único maço de fósforos, e não podia apresentar nem uma moeda, e o pai era capaz de lhe bater. E afinal, em casa também não havia calor. A família morava numa água-furtada, e o vento metia-se pelos buracos das telhas, apesar de terem tapado com farrapos e palha as fendas maiores. Tinha as mãos quase paralisadas com o frio. Ah, como o calorzinho de um fósforo aceso lhe faria bem! Se ela tirasse um, um só, do maço, e o acendesse na parede para aquecer os dedos! Pegou num fósforo e: Fcht!, a chama espirrou e o fósforo começou a arder! Parecia a chama quente e viva de uma candeia, quando a menina a tapou com a mão. Mas, que luz era aquela? A menina julgou que estava sentada em frente de um fogão de sala cheio de ferros rendilhados, com um guarda-fogo de cobre reluzente. O lume ardia com uma chama tão intensa, e dava um calor tão bom! Mas, o que se passava? A menina estendia já os pés para se aquecer, quando a chama se apagou e o fogão desapareceu. E viu que estava sentada sobre a neve, com a ponta do fósforo queimado na mão.
Riscou outro fósforo, que se acendeu e brilhou, e o lugar em que a luz batia na parede tornou-se transparente como tule. E a menina viu o interior de uma sala de jantar onde a mesa estava coberta por uma toalha branca, resplandecente de loiças finas, e mesmo no meio da mesa havia um ganso assado, com recheio de ameixas e puré de batata, que fumegava, espalhando um cheiro apetitoso. Mas, que surpresa e que alegria! De repente, o ganso saltou da travessa e rolou para o chão, com o garfo e a faca espetados nas costas, até junto da rapariguinha. O fósforo apagou-se, e ela só viu na sua frente a parede negra e fria.
E acendeu um terceiro fósforo. Imediatamente se encontrou ajoelhada debaixo de uma enorme árvore de Natal. Era ainda maior e mais rica do que outra que tinha visto no último Natal, através da porta envidraçada, em casa de um rico comerciante. Milhares de velinhas ardiam nos ramos verdes, e figuras de todas as cores, como as que enfeitam as montras das lojas, pareciam sorrir para ela. A menina levantou ambas as mãos para a árvore, mas o fósforo apagou-se, e todas as velas de Natal começaram a subir, a subir, e ela percebeu então que eram apenas as estrelas a brilhar no céu. Uma estrela maior do que as outras desceu em direcção à terra, deixando atrás de si um comprido rasto de luz.
«Foi alguém que morreu», pensou para consigo a menina; porque a avó, a única pessoa que tinha sido boa para ela, mas que já não era viva, dizia-lhe muita vez: «Quando vires uma estrela cadente, é uma alma que vai a caminho do céu.»
Esfregou ainda mais outro fósforo na parede: fez-se uma grande luz, e no meio apareceu a avó, de pé, com uma expressão muito suave, cheia de felicidade!
– Avó! – gritou a menina – leva-me contigo! Quando este fósforo se apagar, eu sei que já não estarás aqui. Vais desaparecer como o fogão de sala, como o ganso assado, e como a árvore de Natal, tão linda.
Riscou imediatamente o punhado de fósforos que restava daquele maço, porque queria que a avó continuasse junto dela, e os fósforos espalharam em redor uma luz tão brilhante como se fosse dia. Nunca a avó lhe parecera tão alta nem tão bonita. Tomou a neta nos braços, e soltando os pés da terra, no meio daquele resplendor, voaram ambas tão alto, tão alto, que já não podiam sentir frio, nem fome, nem desgostos, porque tinham chegado ao reino de Deus.
Mas ali, naquele canto, junto do portal, quando rompeu a manhã gelada, estava caída uma rapariguinha, com as faces roxas, um sorriso nos lábios… morta de frio, na última noite do ano. O dia de Ano Novo nasceu, indiferente ao pequenino cadáver, que ainda tinha no regaço um punhado de fósforos.
– Coitadinha, parece que tentou aquecer-se! – exclamou alguém. Mas nunca ninguém soube quantas coisas lindas a menina viu à luz dos fósforos, nem o brilho com que entrou, na companhia da avó, no Ano Novo!"
Hans Christian Andersen (1805 - 1875), publicado em 1845.
Já ouvi tantas versões desta história mas a verdade é que foi o conto de Natal que mais gostei, de todos aqueles que contavam no infantário ou na escola primária. Tem um fim triste, ou feliz não sei! É triste porque a menina morre, feliz porque vai para perto de quem a ama e onde os seus pezinhos não mais terão frio. Sempre que ouço esta história entristeço-me porque enquanto estamos na nossa recheada mesa no Natal e Ano Novo, há meninos que gelam de frio, que anseiam por uma "bucha" de pão e que no sapatinho apenas queriam amor, carinho e um prato de sopa. Quem me dera levá-los todos para perto de mim, todos sem excepção. Um sonho de pequenina é ter uma grande casa que acolha todos os meninos pobres do mundo. Aqueles sonhos de menina inalcançáveis. Mas pode-se começar sempre por algum lado...
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Oh hum!
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Eu não te queria...juro que não!
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Quem disse que amizade não é amor?
A Joana...ja a conheço desde que entrei no antigo MIRC tem prai uns 6 anos. Falavamos no chat. Um dia, por um mal entendido, chateamo nos na net, nunca nos tinhamos visto, e tratamo nos abaixo de cão...hoje rimo-nos. Se eu disser que so estive uma tarde com ela, pessoalmente, nestes 6 anos, possivelmente nao acreditam...ja marcámos tanta coisa mas temos sempre compromissos que estragam os planos. Mas depois falamos, por mensagem ou net, e ela sabe tudo de mim, assim como eu dela...tudo nao...mas tudo o que realmente nos interessa as duas...agora nas férias de natal acho que vai acontecer o segundo momento mas eu adoro-a.
A Posty, ou melhor, a Ana Margarida é a minha posty...a sua adoração pelo postiga, sim o jogador de futebol...tornou-nos muito cumplices. a Universidade separou nos. Eu pra enfermeira e ela pra enfermeira veterinária. Estive com ela ha quase um ano pelo ultima vez, no casamento de uma amiga, fomos juntas e foi uma tarde optima! Sempre que nos juntamos o ambiente à nossa volta muda.
A Nádia...uma rapariga do 4º Ano de Enfermagem da ESSUA, uma amiga do Secundário. Não ia muito com a cara dela no inicio mas é amiga de todas as horas...de todas mesmo. Ajudamo nos uma à outra desde sempre e somos muito cumplices, nos momentos bons e menos bons! Gosto tanto dela!
5 pessoas que nao se conhecem, mas a quem conheço tao bem! 5 mulheres, 5 vitorias, 5 alegrias...5 amores, porque nao?
Há, no entanto, amigas que estao aqui ao meu lado todos os dias, que me apoiam, e mesmo que sejam desde o inicio do curso ou muito recentes, sao muito importantes: Sara, Ana Luísa, Diana, Susana, Mª João e a minha querida Prof. Célia são as grandes amigas de todas as horas e que têm estado sempre comigo, quando mais preciso!
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Pardilhó...
Pardilhó...a vila que me viu nascer, crescer, tornar-me a pessoa que sou hoje. Vila no concelho de Estarreja onde predomina a pesca e a agricultura. Tem 4175 habitantes e todos eles se conhecem, seja pelo "antónio", pelo "fato roto", ou pelo "filho do primo do germano do canedo d'além". O seu nome surgiu nao se sabe bem de onde mas pensa-se que o lugar ficava perto das ilhotas da ria de Aveiro e daí se dizer que era o lugar "A par dos ilhós", que deu mais tarde lugar a Pardilhó. É uma terra onde predominam as ribeiras com os mais variados tipos de "bateiras" que sao barcos tipicos e onde grande parte dos habitantes sao pescadores, quer a tempo inteiro, quer nos tempos livres. O produto da pesca é essencialmente a enguia, o robalo, a taínha, entre outros. O meu avô, filho de um pescador, com 3 irmãos, inicia-se tambem nas lides da pesca ainda mal caminhava. A minha avó, filha de agricultores, com 7 irmãos, conhece a terra melhor que a palma das mãos. Pessoas com a 4º classe mas para quem a palavra amor não teve muitas dificuldades, e ainda hoje é o assunto que ambos dominam como niguém. 6 Anos de diferença os separam e dois filhos os unem. Quem me dera um dia chegar à idade deles e conservar o amor pelo meu marido como têm conservado o deles, como no primeiro dia! Agora, com 4 netos, onde eu sou a mais velha. Pardilhó viu me nascer, viu me aprender a falar, a caminhar e a crescer. A Fernanda da mercearia quando me vê diz "eu sabia que esta menina ia dar alguma coisa. Com 6 meses a cantar o Avé fazia prever muita coisa. Quase enfermeira, que orgulho para quem te viu nascer", mas diz me isto sempre que a minha avo precisa de 1 Kg de arroz, porque o azeiteiro naquela semana nao passou, ou 1kg de peras porque a tremoceira não trazia! Foi lá que caí tantas vezes, que me magoei, que me levantei. Foi lá que me sujei nas terras, que tomava banho na ria, que ia à pesca com o meu avô. Foi lá que aprendi a plantar, que aprendi a pescar, que aprendi a amar, que aprendi a ser feliz. Foi lá...tenho saudades! Saudades de acordar e sentir o cheiro do orvalho nos terrenos, sentir o cheiro de lama no baixa-mar! Confesso que gostaria de voltar a viver na terra onde podemos andar no meio da rua sem ouvir apitos, onde toda a gente anda de "pasteleira", onde as pessoas se juntam demanha na mercearia da fernanda as 7 da manhã à espera do pão que vem da padaria mais próxima. Mas a vida que quero para mim envolve acessos que esta terra não tem! No entanto, as férias lá têm outro sabor!
A professora Hélia, a que me ensinou a base do que sou hoje. Tem uma adoração por mim e quase chora quando me vê. Sou das poucas alunas que tem nela uma referencia e sempre que a vejo corro para ela como se ainda fosse criança. Ela abraça-me com a ternura de antes. Fala para mim com a sabedoria de antes e eu ouço-a atentamente com a curiosidade de uma menina de 6 anos. Era a melhor, dizia ela quando se encontrava com a minha mae. "Interessada, interventiva, equilibrada, emotiva, um amor de menina e INTELIGENTE!" era como ela me definia à minha mãe. Dizia que eu fazia composições como ninguém, que tinha uma imaginação...talvez a tenha herdado da minha tia Rosa, que é como se chama em Pardilhó, uma "aldeeira". Sou de uma familia conhecida em Pardilhó. Chegar a Pardilhó e perguntar pelo "manel das enguias" é usar as pessoas como GPS de modo a chegar a casa da minha avó. Gente humilde, respeitada, muito religiosa, simpática, sempre pronta a ajudar! É assim que a minha familia é conhecida em pardilhó. Que orgulho! Pardilhó...quando digo esta palavra os meus olhos brilham, o meu coração quer sair do peito, as minhas mãos suam...todo o meu corpo transpira e emite pardilhó! Sempre que posso retiro-me para la. Aliviar o stress, refrescar as ideias, cultivar a inspiração, rearregar baterias...é o que Pardilhó mais me faz! É hoje uma vila, eu conhecia-a aldeia! É minha, toda minha! Sou pardilhoense de gema, clara e casca! Aveiro é apenas o meu distrito e a cidade que me acolheu pelas adversidades da vida mas onde desenvolvi as bases que me deu pardilhó. Vivi lá 10 anos da minha vida. Fiquei muito triste quando tomaram a decisao de me levar para outro lado, ia para o ciclo, eu e as minhas amigas planeavamos o ciclo desde o 1º ano da primária! Foi um desgosto, o meu primeiro desgosto! Mas Deus escreve direito por linhas tortas...e mais nao digo!
Sinto-me orgulhosa por partilhar os meus sentimentos por esta linda terra!
domingo, 6 de dezembro de 2009
Amigos...=)
"Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.
Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um de outro se há-de lembrar.
Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.
Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.
Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.
Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre"
Albert Einstein
"Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!
Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!
Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!
Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!
Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!
Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!"
Machado de Assis
Dois poemas que encaixam naquilo que sinto acerca da amizade. Obrigado aos meus amigos, aos que o são mesmo!