quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

É Natal!

Pois, eu ja andava um pouco desaparecida porque tenho tido uns problemas com a net e tenho andado a passear. Pois é, hoje é Véspera de Natal, que excitação! Não tarda estamos todos em casa da minha bisavó a correr com travessas na mão de um lado para o outro, com couves verdinha e aqueles bacalhau tão apetitoso. Faz-me feliz esta quadra, por mim, por aquilo que sou e que fizeram de mim todos aqueles que hoje se sentarão à volta da mesma mesa de todos os anos, da sempre lindíssima anfitriã bisavó Lurdes. Depois quando todos estivermos sentados inicia-se o jantar maravilhoso...começamos por invocar para junto de nós aquele que já partiu, o meu bisavô Zé e olhem que quase consigo sentir a sua presença ao longo de todo o jantar! Depois jantamos, no final do jantar abrimos os presentinhos e à meia noite, enchemo nos de agasalhos e vamos à missa do galo! Que noite linda esta, vamos todos juntos a pé até a igreja e pelo caminho vemos lareiras acessas, familias juntas nas salas de jantar! Mas depois vemos o reverso da medalha, pessoas sozinha, casas frias, gente abandonada. E aí o meu coração dói e por momentos esqueço a magia daquela noite e coloco-me, empaticamente, no lugar daquelas pessoas e dói cada vez mais, como se me pregassem um prego e a cada olhar mo enterrassem mais no peito. É certo que ao longo desta epoca natalicia se desenvolvem iniciativas solidárias mas, porquê só agora? "Quer arredondar?" "Compre o livro da leopoldina" "Po-po-po-popota" sao todas elas iniciativas de louvar mas se não fossem incorporadas na veia consumista do portugues daria o resultado que é suposto? Se nao estivessem para comprar no Continente, se não desse na televisao, se não lhes associassem caras conhecidas, ia dar resultado? Se a leopoldina fosse um cartaz numa porta para entrar e contribuirem numa qualquer rua, daria resultado? Apelar apenas ao lado solidário do portugues e não ao consumista, daria resultado? Acho que não. Porque continuam pessoas abandonadas nas ruas, crianças despejadas por aí e ninguem se voluntaria de livre e espontânea vontade para as ajudar! A verdade e que as receitas das causas da Leopoldina, Popota e Arredonda crescem mas os idosos abandonados nos hospitais, as crianças tristes nas instituições e os sem abrigo também! É bom que se reflicta nisto, e eu me incluo nos que devem reflectir, porque também me esforço para ajudar tudo e todos mas por vezes a minha grande sensibilidade ainda deixa passar, mesmo que não me aperceba, alguns casos de tristeza em Portugal!

Feliz Natal!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

E esta hein?

Quando chegamos a uma altura da nossa vida há a tentação de questionar, reflectir, continuar ou mudar certas coisas. Mas pensar que na vida nada nunca e perfeito pode ser um motivo de desmoralização a essa reflexão, ou não. Se tudo fosse perfeito já não o era porque essa perfeição seria um defeito da vida, logo nunca atingimos essa mesma perfeição. É confuso pensar que tudo se pode tornar escuro quando queríamos um mundo cor de rosa. Mas se ele fosse cor de rosa, não iria lá faltar algo de escuro para depois desabrochar um pouco mais de cor? É tudo sempre tão vago, tão insuficiente, mas se passa-se a ser objectivo e suficiente não se tornaria impossível viver neste mundo? Mesmo que odiemos as contrariedades da vida, são elas que nos fazem viver, aprender, crescer, ser felizes! Não é tão bom depois de uma chatice fazer as pazes? Não é tão bom estar de consciência tranquila e fortalecer relações com a sinceridade? É...e só depois de ter passado pela experiência contrária é que percebo que mesmo que não seja bom, que as coisas não fiquem bem, é sempre melhor falar, esclarecer, ser sincero! Agora a verdade é que a perfeição não existe, e se existisse era muito chato. A vida tem graça porque as coisas nem sempre corre como queremos, porque as pessoas nem sempre são o que pensamos, porque as coisas nem sempre correm bem...porque a vida é o defeito puro e duro. Mas é para transformar o defeito em qualidade, todos os dias, perante todas as contrariedade que descendemos dos macacos, ou que Deus nos criou, consoante a perspectiva de cada um. A verdade é que a felicidade se constrói sobre as desavenças da vida...e quando alguém me provar o contrário é que vou deixar de ter essa opinião. Até esse dia, vou continuar a achar que só sou feliz porque ultrapasso as dificuldades da vida, do dia-a-dia...tenho as minhas provas e duvido que alguém tenha provas do contrário! E esta hein?

sábado, 12 de dezembro de 2009

A menina dos Fósforos


"Fazia tanto frio! A neve não parava de cair e a noite aproximava-se. Aquela era a última noite de Dezembro, véspera do dia de Ano Novo. Perdida no meio do frio intenso e da escuridão, uma pobre menina seguia pela rua fora, com a cabeça descoberta e os pés descalços. É certo que ao sair de casa trazia um par de chinelos, mas não duraram muito tempo, porque eram uns chinelos que já tinham pertencido à mãe, e ficavam-lhe tão grandes, que a menina os perdeu quando teve de atravessar a rua a correr para fugir de um trem. Um dos chinelos desapareceu no meio da neve, e o outro foi apanhado por um garoto que o levou, pensando fazer dele um berço para a irmã mais nova brincar.

Por isso, a menina seguia com os pés descalços e já roxos de frio; levava no avental uma quantidade de fósforos, e estendia um maço deles a toda a gente que passava, apregoando:

–Quem compra fósforos bons e baratos? – Mas o dia tinha-lhe corrido mal. Ninguém comprara os fósforos, e, portanto, ela ainda não conseguira ganhar um tostão. Sentia fome e frio, e estava com a cara pálida e as faces encovadas. Pobre menina! Os flocos de neve caíam-lhe sobre os cabelos compridos e loiros, que se encaracolavam graciosamente em volta do pescoço magrinho; mas ela nem pensava nos seus cabelos encaracolados. Através das janelas, as luzes vivas e o cheiro da carne assada chegavam à rua, porque era véspera de Ano Novo. Nisso, sim, é que ela pensava.

Sentou-se no chão e enrolou-se ao canto de um portal. Sentia cada vez mais frio, mas não tinha coragem de voltar para casa, porque não vendera um único maço de fósforos, e não podia apresentar nem uma moeda, e o pai era capaz de lhe bater. E afinal, em casa também não havia calor. A família morava numa água-furtada, e o vento metia-se pelos buracos das telhas, apesar de terem tapado com farrapos e palha as fendas maiores. Tinha as mãos quase paralisadas com o frio. Ah, como o calorzinho de um fósforo aceso lhe faria bem! Se ela tirasse um, um só, do maço, e o acendesse na parede para aquecer os dedos! Pegou num fósforo e: Fcht!, a chama espirrou e o fósforo começou a arder! Parecia a chama quente e viva de uma candeia, quando a menina a tapou com a mão. Mas, que luz era aquela? A menina julgou que estava sentada em frente de um fogão de sala cheio de ferros rendilhados, com um guarda-fogo de cobre reluzente. O lume ardia com uma chama tão intensa, e dava um calor tão bom! Mas, o que se passava? A menina estendia já os pés para se aquecer, quando a chama se apagou e o fogão desapareceu. E viu que estava sentada sobre a neve, com a ponta do fósforo queimado na mão.

Riscou outro fósforo, que se acendeu e brilhou, e o lugar em que a luz batia na parede tornou-se transparente como tule. E a menina viu o interior de uma sala de jantar onde a mesa estava coberta por uma toalha branca, resplandecente de loiças finas, e mesmo no meio da mesa havia um ganso assado, com recheio de ameixas e puré de batata, que fumegava, espalhando um cheiro apetitoso. Mas, que surpresa e que alegria! De repente, o ganso saltou da travessa e rolou para o chão, com o garfo e a faca espetados nas costas, até junto da rapariguinha. O fósforo apagou-se, e ela só viu na sua frente a parede negra e fria.

E acendeu um terceiro fósforo. Imediatamente se encontrou ajoelhada debaixo de uma enorme árvore de Natal. Era ainda maior e mais rica do que outra que tinha visto no último Natal, através da porta envidraçada, em casa de um rico comerciante. Milhares de velinhas ardiam nos ramos verdes, e figuras de todas as cores, como as que enfeitam as montras das lojas, pareciam sorrir para ela. A menina levantou ambas as mãos para a árvore, mas o fósforo apagou-se, e todas as velas de Natal começaram a subir, a subir, e ela percebeu então que eram apenas as estrelas a brilhar no céu. Uma estrela maior do que as outras desceu em direcção à terra, deixando atrás de si um comprido rasto de luz.

«Foi alguém que morreu», pensou para consigo a menina; porque a avó, a única pessoa que tinha sido boa para ela, mas que já não era viva, dizia-lhe muita vez: «Quando vires uma estrela cadente, é uma alma que vai a caminho do céu.»
Esfregou ainda mais outro fósforo na parede: fez-se uma grande luz, e no meio apareceu a avó, de pé, com uma expressão muito suave, cheia de felicidade!

– Avó! – gritou a menina – leva-me contigo! Quando este fósforo se apagar, eu sei que já não estarás aqui. Vais desaparecer como o fogão de sala, como o ganso assado, e como a árvore de Natal, tão linda.

Riscou imediatamente o punhado de fósforos que restava daquele maço, porque queria que a avó continuasse junto dela, e os fósforos espalharam em redor uma luz tão brilhante como se fosse dia. Nunca a avó lhe parecera tão alta nem tão bonita. Tomou a neta nos braços, e soltando os pés da terra, no meio daquele resplendor, voaram ambas tão alto, tão alto, que já não podiam sentir frio, nem fome, nem desgostos, porque tinham chegado ao reino de Deus.

Mas ali, naquele canto, junto do portal, quando rompeu a manhã gelada, estava caída uma rapariguinha, com as faces roxas, um sorriso nos lábios… morta de frio, na última noite do ano. O dia de Ano Novo nasceu, indiferente ao pequenino cadáver, que ainda tinha no regaço um punhado de fósforos.
– Coitadinha, parece que tentou aquecer-se! – exclamou alguém. Mas nunca ninguém soube quantas coisas lindas a menina viu à luz dos fósforos, nem o brilho com que entrou, na companhia da avó, no Ano Novo!"

Hans Christian Andersen (1805 - 1875), publicado em 1845.

Já ouvi tantas versões desta história mas a verdade é que foi o conto de Natal que mais gostei, de todos aqueles que contavam no infantário ou na escola primária. Tem um fim triste, ou feliz não sei! É triste porque a menina morre, feliz porque vai para perto de quem a ama e onde os seus pezinhos não mais terão frio. Sempre que ouço esta história entristeço-me porque enquanto estamos na nossa recheada mesa no Natal e Ano Novo, há meninos que gelam de frio, que anseiam por uma "bucha" de pão e que no sapatinho apenas queriam amor, carinho e um prato de sopa. Quem me dera levá-los todos para perto de mim, todos sem excepção. Um sonho de pequenina é ter uma grande casa que acolha todos os meninos pobres do mundo. Aqueles sonhos de menina inalcançáveis. Mas pode-se começar sempre por algum lado...

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Oh hum!

Hoje é um daqueles dias em que não tenho um tema objectivamente para escrever mas que me apetece escrever. É estranho e indefinidamente perturbador. Mas pronto, esta vontade de escrever aumenta desesperadamente e mesmo sem tema tenho de soltar aqui umas palavras. Hoje foi um dia devastador diria. Desde há uns meses que venho definindo a minha vida ate ao final deste ano e hoje foi como se tivessem levantado as comportas e tudo tivesse ido por água abaixo. Vou ter de falhar com a minha palavra com algumas pessoas, coisa que odeio, mas também sei que as pessoas em questão o vão compreender. A situação não está facil...Desde que comecei esta caminhada que as coisas não tinham estado tão dificeis. Adoro ter o meu dia preenchido, adoro...Adoro ter a minha agenda cheia e apontar coisas do género "Ir à Docs" ou "Fazer Entrevistas" ou "Fazer caminhada nocturna". Por vezes até me apetecia escrever "Almoçar" e "Jantar" de forma a não me esquecer. Mas tudo se tem vindo a complicar: o stress do final, o peso dos problemas que me apareceram este ano, a pressão das responsabilidades aumentadas. Tudo...tudo isto me faz velha, como diz a minha mae! Mas não perco o entusiasmo. Eu sou daquelas pessoas que tem prazer em ter muito que fazer. Prazer mesmo. Às vezes não é só pelo prazer de fazer tudo a horas certas, mas sim para ter o prazer de não fazer! Naqueles dias em que tenho a agenda cheia mas apetece me ficar a dormir e não fazer nada. Sei que não é irresponsabilidade porque não o faço aleatoriamente, faço-o quando é indiferente fazer aquilo hoje ou sobrecarregar o meu dia de amanhã. Podem apontar-me o dedo em tudo menos em desorganização e irresponsabilidade. Estava previsto ficar em Aveiro mas a GRIPE A mudou tudo! O meu Março, Abril e Maio vão ser passados em Viseu. Racionalmente, fiz o que a minha consciencia mandava, é um local que adorei quando lá fiz estágio de observação e não é assim tão longe. Mas emocionalmente devastou-me. Já me tinha mentalizado que não sairia de perto da minha gente, do meu amor, das coisas para as quais me propus e vou ter de o fazer. Explodo quase. Isto porque, eu não tinha de ceder, já o fiz tantas vezes, mas não sou capaz, como alguns, de me sentar e ver o comboio a passar e no fim ficar bem com a minha consciência vendo que estou a ficar bem em prol da injustiça nos outros. Teve de ser...tenho 3 meses para me mentalizar e aproveitar tudo ao máximo aqui. Depois, logo se verá...Mas pronto, tenho de pensar de forma colorida! Sim, tenho de aplicar o que aprendi em Psicologia Relacional, pensar verde num fenomeno preto, pensar amarelo num fenomeno vermelho! Vá Tânia, anima-te, afinal o mundo não acaba aqui e como a minha querida mãe e maria joão me disseram hoje no carro, "Deus escreve direito por linhas tortas" e uma alterãção não tem obrigatoriamente de ser uma coisa má! So tenho pena de uns continuarem a ser sacrificados por outros...OH HUM!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Eu não te queria...juro que não!


O amor é algo inexplicável. Não te queria...juro que não...mas ganhaste-me. Há quase 6 anos que te conheci, na net! Aquelas histórias que inventávamos cheios de imaginação. Eu não sabia que eras Sandro, nem tu que eu era Tânia. Lembras-te? Corriamos os dois para casa e era só para fazermos aquelas historias que davam grandes filmes! Conhecemo-nos...na escola! Eu não te queria...juro que não...mas não conseguia parar de olhar para ti nos intervalos. Eu não te queria...juro que não...mas depois de fazer de conta que não te via, so conseguia olhar para ti! Mas não era amor, achava eu! Eu não te queria!!!! Tinha um amor, estava apaixonada e vieste estragar tudo...secalhar porque este lugar era teu e não de outro! Começaste por conquistar a minha mãe, foi jogo baixo! Saber que eu ia dormir e ias falar com ela para a net, saber que enquanto ela esperava por mim à porta da escola, tu estavas la a falar com ela e fugias mal vias que eu me aproximava. Um dia convidaste-me para almoçar! Eu estava muito doente e ainda hoje não sei porquê mas culpo-me porque me pagaste o almoço, um double cheesburguer sem pepino com ice tea no McDonald e eu so dei uma trinca. Estava de mini saia de ganga, com camisola laranja e tu de calças de ganga com aquele casaco azul que te caracterizava. Lembro me como se fosse hoje! Depois nao sabiamos o que fazer depois do almoço e demos a volta a aveiro inteira a pé e chegavamos ao ponto de dizer "É assim" e " E entao? a vida corre?" e Riamo-nos...tanto! Depois de muito lutares, algo desabrochou em mim! Amor?? Não...credo! Eu nao te queria...juro que não! Mas depois ias para o conservatório e deixavas a musica a tocar no teu pc e a webcam ligada com um ursinho azul so para eu ver e ouvir quando acordasse. Vinhas de bicicleta da gafanha da nazaré para sta. Joana...Depois foste com uma rapariga ao porto passear! Meu deus...como me senti! Secalhar queria-te...e não sabia! Quando me sentei a chorar atras da porta do quarto a minha mãe disse-me "Se nao gostas dele porque estas assim?" ao que eu respondi...muito estupidamente " Eu nao gosto dele, apenas a amizade cresceu" e de que maneira...amava-o...já o queria...ele era meu e eu dele sem saber...passado 6 anos quase, nao te amo da mesma forma...amo muito mais! E sei que também me amas muito...somos os dois muito felizes e quero acreditar que é para sempre...mas vivemos os dois, apesar dos planos futuros, um dia de cada vez! E a minha mãe, malandra...sabia que eu o queria desde o inicio mas sabia que eu não sabia que o queria...Confuso? Eu sei, também me senti assim...Agora não! Amo-o...tanto!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Quem disse que amizade não é amor?

Hoje roubei a ideia a uma também amiga...mas só porque ela deixou! As minhas amigas...não colegas ou assim mas amigas mesmo. Aquelas que permanecem ao longo dos tempos e que mesmo que não estejamos juntas todos os dias, quando nos vemos e como se estivessemos juntas ontem.
A Verónica é, de todas, a que conheço há mais tempo. Eramos amigas da primária. Ela com os seus cabelos loiros, eu com os meus escuros...corriamos naquela escola como duas andorinhas livres...foi com ela que me atrevi a fazer traquinices. Num dia havia um simolacro dos bombeiros e nos com a mangueira fizemos uma rasteira a uma filinha de gente que se estava a portar tao bem...era com ela que ia para casa, a pe, ia dar uma volta enorme e demorava imenso tempo mas nao desperdiçava a sua companhia. Eramos as melhores amigas. Quando me trouxeram para Aveiro também a levaram para Lisboa. Foi cortar o laço mais lindo que eu tinha. Sofremos tanto. Não havia telemoveis, muito menos net para nos mantermos em contacto. O domingo, esse era fatal. Na missa corriamos, mesmo que fosse proibido uma pra outra. Nas ferias, passavamos os dias no jardim a falar...a por as conversas em dia. Hoje vemos nos poucas vezes mas falamos na net e dizemos que nos adoramos sempre que podemos. De uma forma diferente mas muito mais intensa somos as melhores amigas! Não do dia-a-dia, mas da vida!
A Rita, recém jornalista, meu amor...é tao maluca, somos uma malucas juntas, mas adoro-a com todas as minhas forças. Quando ela adorava o Quaresma e eu o Cristiano Ronaldo, ate fizemos um lube de fãs! Momentos tao lindos que passamos, e que ainda passamos quando estamos juntas.
A Joana...ja a conheço desde que entrei no antigo MIRC tem prai uns 6 anos. Falavamos no chat. Um dia, por um mal entendido, chateamo nos na net, nunca nos tinhamos visto, e tratamo nos abaixo de cão...hoje rimo-nos. Se eu disser que so estive uma tarde com ela, pessoalmente, nestes 6 anos, possivelmente nao acreditam...ja marcámos tanta coisa mas temos sempre compromissos que estragam os planos. Mas depois falamos, por mensagem ou net, e ela sabe tudo de mim, assim como eu dela...tudo nao...mas tudo o que realmente nos interessa as duas...agora nas férias de natal acho que vai acontecer o segundo momento mas eu adoro-a.
A Posty, ou melhor, a Ana Margarida é a minha posty...a sua adoração pelo postiga, sim o jogador de futebol...tornou-nos muito cumplices. a Universidade separou nos. Eu pra enfermeira e ela pra enfermeira veterinária. Estive com ela ha quase um ano pelo ultima vez, no casamento de uma amiga, fomos juntas e foi uma tarde optima! Sempre que nos juntamos o ambiente à nossa volta muda.
A Nádia...uma rapariga do 4º Ano de Enfermagem da ESSUA, uma amiga do Secundário. Não ia muito com a cara dela no inicio mas é amiga de todas as horas...de todas mesmo. Ajudamo nos uma à outra desde sempre e somos muito cumplices, nos momentos bons e menos bons! Gosto tanto dela!
5 pessoas que nao se conhecem, mas a quem conheço tao bem! 5 mulheres, 5 vitorias, 5 alegrias...5 amores, porque nao?
Há, no entanto, amigas que estao aqui ao meu lado todos os dias, que me apoiam, e mesmo que sejam desde o inicio do curso ou muito recentes, sao muito importantes: Sara, Ana Luísa, Diana, Susana, Mª João e a minha querida Prof. Célia são as grandes amigas de todas as horas e que têm estado sempre comigo, quando mais preciso!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Pardilhó...



Pardilhó...a vila que me viu nascer, crescer, tornar-me a pessoa que sou hoje. Vila no concelho de Estarreja onde predomina a pesca e a agricultura. Tem 4175 habitantes e todos eles se conhecem, seja pelo "antónio", pelo "fato roto", ou pelo "filho do primo do germano do canedo d'além". O seu nome surgiu nao se sabe bem de onde mas pensa-se que o lugar ficava perto das ilhotas da ria de Aveiro e daí se dizer que era o lugar "A par dos ilhós", que deu mais tarde lugar a Pardilhó. É uma terra onde predominam as ribeiras com os mais variados tipos de "bateiras" que sao barcos tipicos e onde grande parte dos habitantes sao pescadores, quer a tempo inteiro, quer nos tempos livres. O produto da pesca é essencialmente a enguia, o robalo, a taínha, entre outros. O meu avô, filho de um pescador, com 3 irmãos, inicia-se tambem nas lides da pesca ainda mal caminhava. A minha avó, filha de agricultores, com 7 irmãos, conhece a terra melhor que a palma das mãos. Pessoas com a 4º classe mas para quem a palavra amor não teve muitas dificuldades, e ainda hoje é o assunto que ambos dominam como niguém. 6 Anos de diferença os separam e dois filhos os unem. Quem me dera um dia chegar à idade deles e conservar o amor pelo meu marido como têm conservado o deles, como no primeiro dia! Agora, com 4 netos, onde eu sou a mais velha. Pardilhó viu me nascer, viu me aprender a falar, a caminhar e a crescer. A Fernanda da mercearia quando me vê diz "eu sabia que esta menina ia dar alguma coisa. Com 6 meses a cantar o Avé fazia prever muita coisa. Quase enfermeira, que orgulho para quem te viu nascer", mas diz me isto sempre que a minha avo precisa de 1 Kg de arroz, porque o azeiteiro naquela semana nao passou, ou 1kg de peras porque a tremoceira não trazia! Foi lá que caí tantas vezes, que me magoei, que me levantei. Foi lá que me sujei nas terras, que tomava banho na ria, que ia à pesca com o meu avô. Foi lá que aprendi a plantar, que aprendi a pescar, que aprendi a amar, que aprendi a ser feliz. Foi lá...tenho saudades! Saudades de acordar e sentir o cheiro do orvalho nos terrenos, sentir o cheiro de lama no baixa-mar! Confesso que gostaria de voltar a viver na terra onde podemos andar no meio da rua sem ouvir apitos, onde toda a gente anda de "pasteleira", onde as pessoas se juntam demanha na mercearia da fernanda as 7 da manhã à espera do pão que vem da padaria mais próxima. Mas a vida que quero para mim envolve acessos que esta terra não tem! No entanto, as férias lá têm outro sabor!


A professora Hélia, a que me ensinou a base do que sou hoje. Tem uma adoração por mim e quase chora quando me vê. Sou das poucas alunas que tem nela uma referencia e sempre que a vejo corro para ela como se ainda fosse criança. Ela abraça-me com a ternura de antes. Fala para mim com a sabedoria de antes e eu ouço-a atentamente com a curiosidade de uma menina de 6 anos. Era a melhor, dizia ela quando se encontrava com a minha mae. "Interessada, interventiva, equilibrada, emotiva, um amor de menina e INTELIGENTE!" era como ela me definia à minha mãe. Dizia que eu fazia composições como ninguém, que tinha uma imaginação...talvez a tenha herdado da minha tia Rosa, que é como se chama em Pardilhó, uma "aldeeira". Sou de uma familia conhecida em Pardilhó. Chegar a Pardilhó e perguntar pelo "manel das enguias" é usar as pessoas como GPS de modo a chegar a casa da minha avó. Gente humilde, respeitada, muito religiosa, simpática, sempre pronta a ajudar! É assim que a minha familia é conhecida em pardilhó. Que orgulho! Pardilhó...quando digo esta palavra os meus olhos brilham, o meu coração quer sair do peito, as minhas mãos suam...todo o meu corpo transpira e emite pardilhó! Sempre que posso retiro-me para la. Aliviar o stress, refrescar as ideias, cultivar a inspiração, rearregar baterias...é o que Pardilhó mais me faz! É hoje uma vila, eu conhecia-a aldeia! É minha, toda minha! Sou pardilhoense de gema, clara e casca! Aveiro é apenas o meu distrito e a cidade que me acolheu pelas adversidades da vida mas onde desenvolvi as bases que me deu pardilhó. Vivi lá 10 anos da minha vida. Fiquei muito triste quando tomaram a decisao de me levar para outro lado, ia para o ciclo, eu e as minhas amigas planeavamos o ciclo desde o 1º ano da primária! Foi um desgosto, o meu primeiro desgosto! Mas Deus escreve direito por linhas tortas...e mais nao digo!



Sinto-me orgulhosa por partilhar os meus sentimentos por esta linda terra!

domingo, 6 de dezembro de 2009

Amigos...=)


"Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.

Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um de outro se há-de lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.

Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.

Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.

Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre"

Albert Einstein

"Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!

Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!

Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!

Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!

Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!

Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!"

Machado de Assis

Dois poemas que encaixam naquilo que sinto acerca da amizade. Obrigado aos meus amigos, aos que o são mesmo!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Olhar a morte pela janela...


Segundo dados o INE em 2008 morreram 690 pessoas nas estradas portuguesas por acidente de viação com menos de 65 anos. Quantos destes morreram injustamente? Quantos? Deve ser horrivel, não quero imaginar e temo sequer fazê-lo. Conduzo por gosto, adoro conduzir...mas a estrada pode tornar-se um ringue de sangue, morte, desespero e injustiça. Quantas pessoas conduzem seguramente, com vista a um destino repleto de alegrias, tristezas, o que seja, mas repleto de vida e a perdem num ápice? Quantas? Morrer injustamente na estrada é morrer na areia, é morrer sem explicação, é morrer sem causas e com muitas consequências, é morrer sem ter tempo de pensar na vida, e morrer sem haver despedidas, é morrer sem aviso, sem adeus, sem amor, sem sentimentos...é morrer vazio. Quando seguimos na nossa segurança, no nosso cantinho, na nosso lugar e de repente alguem nao pára num STOP, alguém nao cede uma passagem, alguem nao para num semáforo, alguem conduz alcooalizado, alguem conduz ao telemovel, alguem conduz a alta velocidade testando limites...e morremos por isso! Morremos porque alguem testa os limites...Quantos nem tempo têm para olhar a morte pela janela do carro? Quantos nao tem tempo de pensar nos pais, nos maridos, nas mulheres, NOS FILHOS! Quantos não tem tempo para pensar no que lhes esta a acontecer? Quantos morrem sem saber que morreram? Não quero imaginar a dor, a angústia, o medo, se é que ha tempo de ter esses sentimentos! O pior vem depois...quem espera por quem vem na estrada, o destino da viagem fatal, e a pessoa nao chega, liga-se e nao atendem, morreram sem saber e esperamos pela sua chegada ansiosamente mas eles nao vem.


Nunca me aconteceu nada parecido, espero que nunca aconteça. É a morte que mais temo, porque morre-se sem culpa, sem sentimentos, sem alegrias ou amarguras, morre-se apenas! Depois de um mero bate chapas num destes dias a minha mãe quase "me obrigou" a reflectir no assunto. Ela tem carta ha 20 anos e nunca teve uma acidente até ao dia em que uma senhora nao parou no STOP, há dias. Nao se magoou, nao teve culpa, nao estragou muito o carro mas treme de medo ainda hoje, e nao pára de pensar no que sente uma pessoa que está a ver a morte a aproximar-se numa estrada com um carro prestes a bater! E quando nem tempo para ver têm? A minha mãe chorou, chorou muito. Foi um bate chapas sim, nada de grave, sim...mas para ela foi testar uma possibilidade...nao quero imaginar sequer, mas achei por bem reflectir porque é uma estupidez morrer na estrada! É dos piores assassínios...é das piores mortes que deixa as piores vidas de quem cá fica.


Um beijinho!