segunda-feira, 30 de novembro de 2009

As palavras que doem...


Dói tanto, tanto...ha palavras que espetam como um punhal, que matam como veneno, que destroem como catástrofes. Ha gente que nos mata sem saber, que nos mói sem pensar, que nos faz sofrer. Se soubessem como gostamos delas, se soubessem como temos saudades delas, se soubessem o quanto dói a sua indiferença. Choro, hoje choro porque quem eu gosto, me odeia. Porque confiei em quem nao devia e mesmo tendo-o feito acidentalmente, fi-lo e essa pessoa estragou uma grande amizade. Meu deus, tao bons momentos passados que não se voltarão a repetir, sentimentos fortes que terei que reprimir. Por mais que faça ou diga a sensação de não acreditarem em nós e nos fazerem sentir um monstro, é horrivel. Eu não sou um monstro pois não? Não posso ser, eu sei que não posso ser...Não fiz por mal, so queria poupar uma grande amizade, so não te queria magoar... O que eu dava para voltar a ter-te perto de mim. A tua alegria, o teu sorriso, a tua amizade. Sei que não irás ler estas palavras e talvez se lesses nada musasse, mas eu preciso de tirar isto tudo da minha cabeça, do meu peito. Tento fazê-lo com lagrimas e nao resulta. As palavras matam, moem, doem...e as tuas têm me tirado alguma alegria de viver, entristecem este meu sorriso e fazem me sofrer. Desculpa, errei, mas sou humana e tenho sentimentos. Estou triste, magoada e sentida...e mesmo sabendo que não o sou, há quem tenha a capacidade de me fazer sentir um monstro, e pensar que os sentimentos tao fortes por vezes nao têm a reciprocidade que se pensava, e pensar que não sou assim tao especial, que nao deixo saudades, é horrivel. Sentir me não especial por quem adoro é matar-me com palavras que doem...



Sei quem lê estas palavras e sem ditar nomes sei que quem lê estas palavras está comigo, e é bom...Obrigado

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Continuo a Pintar o meu Caminho...


Hoje foi um dia complicado, aliviaram me algumas decisões tomadas, mas na generalidade foi um dia complicado e enoooooorme...Complicado não será propriamente o dia mas sim estes últimos tempos. Começo a pensar no pouco tempo que me resta...meu Deus, toda a minha vida desejei o dia em que deixaria de estudar, em que passaria a trabalhar, a ganhar o meu dinheiro e a construir a minha vida, começando mesmo pela primeira pedra...Mas, agora tremo. Tremo por pensar que não tarda estou entregue a mim própria, que não tarda não terei mais professores, educadores, pessoas fantásticas e outras menos fantásticas mas que todas me ajudaram a crescer. Está prestes a acabar. Ainda falta um ano mas esse será como que um impulso, que nos lança e depois nos deixa sozinhos. Que angústia. Que medo. Que dor. Tenho tanta vontade de ser criança novamente e achava tão estranho quando ouvia os mais crescidos dizerem "ai se eu tivesse a tua idade" e eu pensava "és muita toino, não imaginas o tédio que é não ser crescido". O pior é que estou a começar a sentir me crescida. É bom, mas pensar que não tarda posso começar a descolar me da placenta da minha mãe, que medo. Não será necessariamente mau porque sempre desejei ter a minha casa, as minhas coisas, o meu marido, os meus filhos, a minha vida. Mas via tudo isto lá muito longe e agora aproxima-se...Ai, não sei o que sinto. É um misto de felicidade, angústia, não sei. Só quero pensar que faz parte da vida, da minha vida e só peço que não acabe tudo o que construí nesta minha vida de estudante. Sinto, quase no final, que pessoas me marcaram muito e, sem vaidade, sinto que também marquei a vida de algumas pessoas. Saber que as pessoas ficam felizes por me ver é tão bom, tão confortante. Eu sou uma mimalha, já a minha mãe o diz, já o meu namorado o diz, já toda a gente o diz...eu alimento me de afectos, carinhos, beijinhos, festinhas, palavras de amor. Sou assim, mas alimento-me com aquilo que alimento os outros, quem me conhece sabe-o, a necessidade que tenho de dizer "gosto de ti", de dizer às pessoas o que sinto. Sou assim...e sinto-me feliz por ser assim. Devo-o a toda a gente que me rodeia, à minha família, aos meus amigos, a toda a gente! Mas pensar, angustiar-me, com o fim de um ciclo que se aproxima, deixa-me em pânico. Vai tudo acabar, vou ser crescida mesmo, literalmente, é bom, mas é mau...não sei o que vou sentir, só sei o que sinto agora...e agora sou feliz e faço os outros felizes, amo e sou amada...

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domingo, 22 de novembro de 2009

O SenTimentO deve ser muito parecido...



Não sou mãe, não! Serei, um dia, nesse que será o dia mais feliz da minha vida. Se tenho instinto maternal? Tenho...certamente que tenho! Não sou mãe, sou madrinha! Quando aceitei esse nobre convite, o desafio era evidentemente grande. A minha tia perguntou me se eu sabia o que era ser madrinha, eu disse que sim, que era ser uma peça fundamental na educação da criança. Mas ela acrescentou, "sabes que se os pais lhe faltarem, por qualquer motivo, és tu que tomas a vida dessa criança nas tuas mãos". Meu Deus, quanta responsabilidade. A maioria não sabe que é este o verdadeiro sentido da palavra, nem eu sabia e há muito me instruía com a possibilidade de o vir a ser! Finalmente a minha Beatriz nasceu, eu estava lá! No bloco de partos não , porque não era permitido, mas estava sentada nervosamente a porta do mesmo, a espera de ouvir um choro que me acelerasse o batimento do coração, mas não ouvia, o choro e o que vemos nos filmes e que marca o nascimento, e eu não ouvia. Logicamente, porque o parto não era logo atrás da porta. O meu padrinho, o pai, não parava, a minha Carolina, a mana, estava em êxtase ao meu colo. E eu, desde logo, estava a ser madrinha, a tentar aguentar todo o nervosismo daquela família. Abrem a porta e chamam por nós "NASCEU, daqui a pouco vem para o quarto". É como se eu tivesse a ter a dores de parto e de repente ouvisse o choro da minha filha...acho que se me espetasse um faca naquela altura eu não sentiria dor, e não sairia uma pinga de sangue. A minha pequenina tinha nascido, meu Deus, como aguardei por aquele momento! Os meses que se seguiram eram os meus meses de férias, e depois de inicio de aulas e eu corria sempre que podia para Pardilhó, para ver a minha boneca. Ela já me conhecia e tinha tão pouco tempo de vida. Agora tem 3 anos e mata me quando me diz "Madinha gosto muiiiiiiito di ti, ate ao xéu" e quando me vê e não me larga e só quer vir comigo. Dou comigo a adormecê-la e a olhar pa ela a dormir, e sorrio...sorrio quando ela se mexe, quando ela suspira, apetece me apertá-la, nao sei como mostrar a grandiosidade do sentimento que nutro por ela. Dou comigo a fazer de cavalo , com ela nas minhas costas. Dou comigo a brincar às bonecas e aos pais e aos filhos só porque ela diz "madinha, eu xou a tua mama ta bem fia?. Dou comigo a amá-la mais do que a minha própria vida. Dou comigo a ser mãe...Não sou mãe, nao! Mas este é o sentimento mais próximo que conheço, até agora, da maternidade, desta que será sempre minha filha, pela qual, garanto que daria a vida, não por a vida dela, mas pela sua simples felicidade. Amo-a acima de tudo neste mundo, porque ela conduz a minha vida e eu conduzo a dela! Minha Bia...como te ama a madrinha, até ao ceu!

sábado, 21 de novembro de 2009

POrquê? Porque eu sou um sorriso...


Sou novata nestas coisas...Já tinha um mas não tinha tido grande interesse por ele...Criar outro poderia ser estimular uma vez mais a necessidade de, mesmo não especificando as situações, partilhá-las com os outros. Sentir que há alguém que não sabe os meus problemas no seu intimo mas sabe que eles existem. Porquê o sentimentosdeumsorriso? Porque acho que as pessoas me caracterizam pelo meu sorriso, porque sou sempre bem disposta, ou não, mas é essa a imagem que passo e gosto mesmo de passar para as pessoas. Sou daquelas pessoas que sabe esconder uma tristeza, um medo, uma ansiedade, uma angustia, uma infelicidade, um sofrimentos...com um sorriso. Porque eu sorrio, e sorrio muito porque me faz bem, porque gasta calorias, porque exercita os músculos da face, porque previne as placas de ateroma (pelo menos na face) e porque sei que altero o ambiente com o meu sorriso, pelo menos o ambiente dos meus amigos! Só que o meu sorriso também sente, também se entristece, também chora, mas nunca deixa de ser um sorriso, porque mesmo que este seja triste, é um sorriso e para mim um sorriso é sempre um sorriso...Se não sofro? Sofro...e às vezes de que maneira, mas acreditem, um sorriso altera a maneira de sofrer...tudo se torna mais leve, mais suportável...é como se ao esboçar um sorriso os problemas se evaporem com a respiração...de estiquem todos e consigam passar por entre os dentes...Então para mim, aliar um sorriso a uma lágrima é juntar o útil ao agradável para que tudo seja mais suportável. Houve um estimulo para isto tudo, para dar um nome ao meu sorriso e a este blogue...um estimulo, chamemos lhe matinal...pode não ser perceptível na generalidade, mas o meu estimulo, e estimulo bom, sabe que o é...nada mais importa. Só saber que posso contar sempre com o seu apoio, carinho, amizade e tambem com o seu sorriso, que me enche o coração. Obrigado