
Hoje foi um dia complicado, aliviaram me algumas decisões tomadas, mas na generalidade foi um dia complicado e enoooooorme...Complicado não será propriamente o dia mas sim estes últimos tempos. Começo a pensar no pouco tempo que me resta...meu Deus, toda a minha vida desejei o dia em que deixaria de estudar, em que passaria a trabalhar, a ganhar o meu dinheiro e a construir a minha vida, começando mesmo pela primeira pedra...Mas, agora tremo. Tremo por pensar que não tarda estou entregue a mim própria, que não tarda não terei mais professores, educadores, pessoas fantásticas e outras menos fantásticas mas que todas me ajudaram a crescer. Está prestes a acabar. Ainda falta um ano mas esse será como que um impulso, que nos lança e depois nos deixa sozinhos. Que angústia. Que medo. Que dor. Tenho tanta vontade de ser criança novamente e achava tão estranho quando ouvia os mais crescidos dizerem "ai se eu tivesse a tua idade" e eu pensava "és muita toino, não imaginas o tédio que é não ser crescido". O pior é que estou a começar a sentir me crescida. É bom, mas pensar que não tarda posso começar a descolar me da placenta da minha mãe, que medo. Não será necessariamente mau porque sempre desejei ter a minha casa, as minhas coisas, o meu marido, os meus filhos, a minha vida. Mas via tudo isto lá muito longe e agora aproxima-se...Ai, não sei o que sinto. É um misto de felicidade, angústia, não sei. Só quero pensar que faz parte da vida, da minha vida e só peço que não acabe tudo o que construí nesta minha vida de estudante. Sinto, quase no final, que pessoas me marcaram muito e, sem vaidade, sinto que também marquei a vida de algumas pessoas. Saber que as pessoas ficam felizes por me ver é tão bom, tão confortante. Eu sou uma mimalha, já a minha mãe o diz, já o meu namorado o diz, já toda a gente o diz...eu alimento me de afectos, carinhos, beijinhos, festinhas, palavras de amor. Sou assim, mas alimento-me com aquilo que alimento os outros, quem me conhece sabe-o, a necessidade que tenho de dizer "gosto de ti", de dizer às pessoas o que sinto. Sou assim...e sinto-me feliz por ser assim. Devo-o a toda a gente que me rodeia, à minha família, aos meus amigos, a toda a gente! Mas pensar, angustiar-me, com o fim de um ciclo que se aproxima, deixa-me em pânico. Vai tudo acabar, vou ser crescida mesmo, literalmente, é bom, mas é mau...não sei o que vou sentir, só sei o que sinto agora...e agora sou feliz e faço os outros felizes, amo e sou amada...
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Ternurenta Tânia
ResponderEliminarTão belo o que sentes neste percurso que continuarás sempre e sempre... mesmo quando acabares o curso o caminho continua, pois continuarás a traçar outros que vão surgindo...
Ai a mudança! Dá-nos um medo! O desconhecido, as perspectivas de futuro, o ser capaz de...
Tudo isto deixa-nos com borbulhas no estomago e uma sensação final que soube a pouco. Continuamos a querer a segurança daquilo que já conhecemos, mesmo que algumas coisas não sejam melhores do que as que hão-de vir. Contudo, estas já sabemos como lidar, as outras são um mistério.
Mas romântica como és, lidarás com a vida de uma forma muito tua, com uma visão de mundo positiva e alegre e todos os teus traçados serão com certeza cheios de vivacidade, de ir em frente e conseguir...
Tenho observado a tua postura em algumas ocasiões e tenho a dizer que és muito desenvolta e eficiente no que fazes, porque envolves-te nas coisas e vais em frente...
Por isso minha "pequena" crescida o teu temor mais não é do que aquilo que te defenderá perante as desventuranças que possam surgir (ficarás de sobreaviso) mas conseguirás sempre encarar o futuro sob uma perspectiva muito aberta e flexível... Irás adaptar-te facilmente e arranjarás forma de ultrapassar os obstáculos que possam advir da mudança...
Só tens de acreditar em ti e continuares a sorrir.
A VIDA SORRIRÁ SEMPRE PARA TI!
Bjs muito grandes e espero que as minhas palavras te tranquilizem mais um pouco.