
Hoje terminou uma fase. Uma boa fase. A melhor fase desta pequena caminhada que não tarda está no fim. Estou num momento de apertos. Apertos de saudade, de tristeza, de medo, de angústia, de desconhecimento, de incerteza. Não é bom, de todo. Considero normal estes sentimentos devido à fase que estou a passar. Aqui estava bem, acompanhada pelos grandes amores da minha vida, o meu amor, a minha família, amizades muito queridas, beijinhos bons, palavras reconfortantes, forças inesgotáveis e, neste momento, disponibilidade para acompanhar bem de perto e de forma rápida e eficaz quem precisa mais de mim. Agora vou para longe. Não é o fim do mundo, não é Leiria como foi, mas é longe. Não posso correr a um telefonema desagradável. Este é o meu grande aperto. É não poder estar horas a dar-lhe a mão, a espera de boas noticias que não chegam. Tenho medo. Queria estar lá em todos os momentos agora. Queria e não vou poder. E esta mágoa não me deixa ir de forma tão leviana, tão descansada, tão oportuna, tão esperançada como quando fui para Leiria. Sei que o serviço que me espera é óptimo, acolhedor, fantástico, mas o meu coração está apertado, está inundado de medo. Não pelo desconhecido mas pelo que conheço e pela minha realidade actual. Sentir que tenho pouco tempo e não vou conseguir estar presente apavora-me. Ainda se tivesse abracinhos bons, daqueles mesmo bons e necessários enquanto lá estivesse...sei que a minha sara vai fazer o seu melhor, e ela sabe quanto é importante para mim, mas preciso de mais. O meu coração pula, a pele sua, as mãos tremem, o corpo padece a cada toque do telemóvel. Não consigo evitar...o meu optimismo faz me acreditar que tudo vai passar, o meu coração quer acreditar que tudo vai passar mas a razão, a medicina, o seguimento da vida e a ciência estão contra mim. Mas é tão bom quando temos pessoas para as quais nos sentimos importantes, que nos ajudam, que estão lá sempre que preciso, que tem uma disponibilidade sem fim. "uns santos que quando chegam resolvem tudo".
Não consigo evitar este meu sofrimento...não consigo. E é legítimo. Tenho medo, estou triste e angustiada e dou graças aos momentos que me fazem rir, esquecer um pouco tudo isto.
Vai tudo correr bem, se Deus quiser!
Minha querida Tânia
ResponderEliminarDeixei escapar uma lágrimazinha... Compreendo as tuas preocupações e claro que são legitimas. Pensa que, pelo facto de tu não estares, a tua família vai procurar reajustar-se de forma a responder ao que for necessário. Tens que acreditar que todos serão capazes de o fazer, pois adoram-te e sabem que tens uma caminhada pela frente. Depois, não estarás assim tão longe... Além disso, eu estarei por cá e se precisarem de mim já me disponibilizei para o que for preciso... Disse-o e não foram daquelas palavras de circunstância. Foram sentidas e genuinas. Deixa o meu contacto. Estarei sempre por perto. Sinto imenso prazer em ajudar se acharem que vos posso ser útil. Para gente especial, cuidados tb especiais. Estarei ao dispôr
Bjs grandes e vai descansada que tudo vai correr bem. Uma semana passa rápido e logo, logo estarás por cá novamente.